segunda-feira, 30 de março de 2009

Uma xícara para Schopenhauer.

Sabe aquela satisfação quando algo que você se propôs a fazer dá certo?
É bom não é mesmo? Eu acho ótimo.
Dá impressão que você colaborou de alguma forma para que aquela engrenagem maluca do universo se movimentasse para frente.
É que às vezes nos sentimos impotentes frente aos acontecimentos da nossa vida e do mundo. Coisa bem natural.
Quero mesmo é continuar esse movimento. Vou além não porque eu posso, mas porque eu devo. É um propósito. Eu acho ótimo.

segunda-feira, 23 de março de 2009

É muito bom encontrar os novos amigos.

Sábado, na USP, encontrei alguns. Domingo, no Morumbi, idem.

Tem gente que gosta de correr sozinho. Eu gosto muito, mas também gosto de companhia, principalmente nos treinos mais longos, desde que os companheiros tenham ritmos parecidos. E quando se treina em equipe, a probabilidade de se achar atletas com ritmos parecidos é bem maior. Melhor ainda quando esses colegas são bacanas, aí os treinos de 20, 30 quilômetros, deixam de ser sofríveis para serem prazerosos, passando muito mais rápido.

Engraçado como esse negócio de corrida, torna as pessoas um tanto "cúmplices". Não sei se me expresso bem, mas aquelas horinhas de treinos juntos, aquele sacrifício conjunto, aquela disputazinha meio disfaçada, faz a gente criar uma afeição pelos nossos colegas. Pelo menos funciona assim comigo. Quando eles aparecem, você fica feliz. Quando não, você sente uma falta danada. Quando se contundem, você fica triste porque os treinos já não serão os mesmos.

Mas não é só isso, você também passa a querer bem essas pessoas. Você dá dicas, você quer ajudá-las a melhorar, você quer preveni-las, você quer alertá-las. Porque elas são como você, "cúmplices".

É muito bom encontrar os novos amigos.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Fugindo pela manhã.

Já corri Maratonas (aquela famosa distância de 42 km), mas fiquei curioso por correr uma Ultramaratona, ou seja, uma prova que extrapole a distância da Maratona.
Meu plano é correr o Desafio Castelhanos em Ilha Bela daqui a 2 meses. Serão cerca de 48 km, nada assim tão assustador. Mas sabe como é, aquilo que é novo às vezes nos deixa no mínimo apreensivos. Por isso estou me preparando, obedecendo uma planilha do meu técnico, correndo 6 dias por semana, sempre pela manhã.

Hoje foram 12 km.
Correr ao ar livre é muito bom, seja no parque, seja nas ruas. Sabe a sensação de avançar pelas ruas enquanto os automóveis estão parados no trânsito da cidade? Dentro dos ônibus, dos carros, sempre têm aqueles que nos acompanham com os olhos o nosso trajeto. Dá até para adivinhar o que pensam: "A pé, como esse aí, eu chegaria mais rápido no trampo" ou "Cara louco, doidivana, biruta, aff, o que leva um ser acordar tão cedo pra ficar sofrendo?" ou "Preciso emagrecer também" (seguido de um suspiro).

Aposto uma corrida imaginária com o ônibus lotado. Ele me passa, mas no semáforo eu o passo, três quarteirões seguintes é a vez dele... Lá dentro, fantasio que alguns estão torcendo por mim. Talvez estejam até torcendo para que eu caia, seria divertido... O ônibus vira à direita. Ganhei! Fugiu, arregou...

Sigo em frente, angustiado.

Por quê?

Pensarei nisso amanhã, serão 25 km.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Tome um chá, dizem que acalma.

A idéia inicial era escrever algo arrojado, mas não vai dar.
Nem sou tanto de falar. Nem dizer. Sou mais de pensar. Penso, penso, penso...
E talvez por pensar tanto foi que comecei a correr. Corro, corro, corro...
Quanto mais eu corro, mais eu penso.
Quanto mais eu penso, mais eu corro.
Pronto. Comecei a falar, digo, dizer.
E assim é que vai ser.
Simples.
Sejam bem-vindos.
Adoçante?

Inaugurando...

Não esperem nada.
Vão lá fazer suas coisas.
Preciso limpar, lustrar, ajeitar isso e aquilo antes de começar.
Sou libriano, fazer o que né? Paciência.
Mas já já eu começo. Assim que eu começar eu dou uma pista.
Já que está aqui... me ajuda a empurrar aquele troço pesado praquele canto?
Ei... volta aqui.